Investimento cria serviço para passageiro de alta renda fora das salas VIP convencionais
A concessionária do aeroporto de Guarulhos recebeu autorização do governo para assinar contrato para a construção de mais um terminal em Cumbica, a ser usado por clientes de alta renda.
Chamado de Terminal VIP, o projeto prevê investimentos de US$ 80 milhões (R$ 408,9 milhões) em uma área de 5.000 metros quadrados e 4.000 de área construída, segundo Ronei Glanzmann, secretário de nacional de Aviação Civil.
Ele afirma que se trata de um grupo árabe com sócios canadenses, operado pela Jetex, uma das maiores do setor. Não será apenas uma sala VIP. Será um terminal inteiro VIP, com foco apenas nos passageiros que possuem seus próprios aviões ou viajam na primeira classe, em alguns casos na classe executiva.
O terreno fica próximo aos hangares de manutenção da Latam e da American Airlines em Guarulhos.
O serviço busca o cliente em casa ou no hotel em um veículo de luxo com segurança privada e o leva até o terminal, onde tem, além de um espaço privativo separado das salas VIP convencionais, todo o sistema de imigração com Receita e Polícia Federal, ou seja, o passageiro não entra em contato com o público das classes econômicas durante seu trajeto pelo aeroporto. Depois, é levado de carro até a porta da aeronave. A estrutura para atendê-lo no local, com banheiro, salas de reunião e descanso, também tem padrão de luxo acima da média.
“Quando chega um grande empresário, ele vai para um terminal como esse. Ele tem condição de pagar, é inelástico a preço. E não tem nenhum terminal dessa natureza na América Latina”, diz Glanzmann.
Segundo o secretário, Guarulhos também disputou o investimento com a Cidade do México.
Glanzmann afirma que só foi possível atrair o projeto do empreendimento porque o contrato comercial que envolve a cessão de espaço no complexo aeroportuário terá prazo superior ao período de vigência da concessão.
“Guarulhos só tem mais dez anos de concessão. Ela é de 20 anos e já se passaram dez. Não dá viabilidade econômica para um projeto desses. Temos uma portaria que regulamenta contratos que extrapolam prazos da concessão. Esse, no caso, é um contrato de 40 anos”, diz.
Fonte da noticia Folha
Joana Cunha com Paulo Ricardo Martins e Gilmara Santos