“A esquerda nunca imaginou que tanta gente pudesse sair às ruas para dizer ‘sim, quero estar armado porque prefiro os bandidos clandestinos do que minha esposa estuprada'”, disse Eduardo Bolsonaro.
Centenas de pessoas marcharam neste sábado (09.07.2022) em direção ao Congresso brasileiro para defender a posse de armas, cujo acesso o presidente Jair Bolsonaro flexibilizou desde sua chegada ao poder.
O encontro nacional, que coincide com o Dia Internacional da Destruição de Armas de Fogo, foi organizado pela associação civil Proarmas, definida por seus dirigentes como o maior movimento de armas da América Latina.
A associação convidou as pessoas a caminharem “pela liberdade”, defendeu o “direito à autodefesa, à escolha e à segurança” e pela expansão da legislação sobre armas.
“A maior manifestação da história do Brasil!”, exclamou Eduardo Bolsonaro, deputado e filho do presidente, em sua conta no Twitter.
“A esquerda nunca imaginou que tantas pessoas pudessem sair às ruas para dizer ‘sim, quero estar armado porque prefiro os bandidos clandestinos do que minha esposa estuprada'”, disse ele ao falar diante das centenas de participantes que se reuniram no a Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
“O criminoso só respeita o que teme e todo mundo tem medo de levar um tiro”, continuou. “Se estivermos armados, eles vão pensar duas vezes”, acrescentou.
Desde que chegou ao poder em 2019, Bolsonaro flexibilizou as exigências de acesso a armas, bem como o número permitido de artefatos e munições por pessoa, por meio de decretos.
Entre 2018 e 2022, o número de cidadãos cadastrados para portar armas no Brasil aumentou 474%, segundo dados divulgados recentemente pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) com base em dados do Exército e da Polícia Federal.