O roubo ocorreu durante um ato em que estava presente o ministro do Interior, Fernando del Castillo, a quem ele criticou.
O ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, denunciou nesta segunda-feira (29.08.2022) o furto de seu celular, durante evento de seu partido político em que esteve presente o ministro do Interior, e insinuou que o suposto furto pode fazer parte de um “ataque” para prejudicá-lo.
“O roubo do meu celular ocorreu em um ato que contou com a presença do ministro do Interior (Interior, Fernando del Castillo) e de sua segurança (policiais)”, disse Morales em sua conta no Twitter.
Ele acrescentou que “não gostaríamos de pensar que é parte de um ataque planejado para nos prejudicar”.
O evento político do governista Movimento ao Socialismo (MAS) foi realizado no domingo em uma cidade do departamento de Santa Cruz (leste). Ele foi cercado por seus militantes e fez um discurso de um proscênio improvisado.
Morales (2006-2019) já havia expressado sua crítica pública ao desempenho do ministro Del Castillo e seu partido MAS pediu ao presidente Luis Arce sua remoção, embora o presidente não tenha ecoado as reivindicações.
Ele diz que não tem “nada a esconder”
O ex-líder aimara também indicou que não tem “nada a esconder”, mas que “denunciaremos qualquer tentativa de usar fraude ou deturpação contra nós”. Del Castillo não comentou.
O influente deputado do MAS, Juanito Angulo, destacou que “é o celular de um líder histórico importante, um ex-presidente e claro que ele tem informações importantes”.
Ele ainda garantiu que “há infiltrados” da direita nos atos do partido no poder e que suspeita que eles devam ter o telefone.
O furto do aparelho gerou reclamações da oposição de que o governo está enviando vários policiais para esclarecer o caso e encontrar o celular.
O deputado da oposição, José Carlos Gutiérrez, destacou que “é impressionante a mobilização que está ocorrendo por parte da polícia pela perda do celular”.
Para ele, “toda essa tela é impressionante”, “porque parece que esse celular é uma mina de ouro para descobrir todas as suas conexões políticas e sindicais”.
jc (afp, efe)