A presidente da Caixa, Rita Serrano, afirmou que o empréstimo consignado vinculado ao Auxílio Brasil e o SIM Digital, oferecidos aos beneficiários do Caixa Tem, estão em análise.
Segundo Serrano, o SIM Digital já apresenta altos níveis de inadimplência entre os brasileiros que optaram pelo serviço. O consignado ainda está sob controle, visto que os descontos ocorrem diretamente nas contas.
As modalidades de empréstimo foram disponibilizadas no ano passado, durante o período eleitoral. Em sua publicação no Twitter, a presidente da instituição financeira afirma que, diante dos inúmeros desafios deixados pela gestão anterior, principalmente no que diz respeito às linhas de crédito, tomou a decisão de paralisar as operações do consignado e do SIM Digital.
Empréstimos no Caixa Tem
Crédito consignado
O empréstimo consignado vinculado ao Auxílio Brasil foi lançado em 2022, no período das eleições presidenciais. Com ele, os beneficiários do programa podiam contratar a linha de crédito e pagar as parcelas com uma parte do benefício. O desconto era feito diretamente na conta.
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Como o auxílio era disponibilizado pelo Caixa Tem, assim como segue ocorrendo com o Bolsa Família, todas as informações a respeito dos descontos e valores eram disponibilizadas por meio da plataforma digital.
Segundo dados citados por Serrano, a modalidade alcançou quase 3 milhões de clientes, com custos de R$ 7,6 bilhões. Isso apenas na Caixa, já que o empréstimo também foi oferecido por outras instituições financeiras. Agora, o crédito está paralisado e sob investigação.
SIM Digital
Uma linha de empréstimo concedida pelo aplicativo Caixa Tem liberava até R$ 3 mil para pessoas físicas e jurídicas. O crédito estava associado ao Programa de Simplificação de Microcrédito Digital para Empreendedores (SIM Digital).
O SIM Digital também foi lançado no ano passado. O crédito era direcionado para microempreendedores individuais (MEIs) e empreendedores, com valores de R$ 300 a R$ 1 mil e juros de 1,95% ao mês. A contratação também podia ser efetuada pelo Caixa Tem.
Conforme a colocação de Rita Serrano, a linha de crédito já alcançou 80% de inadimplência entre os contratantes. Agora, também se encontra paralisada e deve ser custeada com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).