Na última quinta-feira, 08 de junho, data em que é celebrado o feriado cristão de ‘Corpus Christi’, a co-vereadora da Mandata coletiva Pretas por Salvador (PSOL/BA) Laina Crisóstomo, se posicionou nas redes sociais em total repúdio ao caso de um homem negro de 32 anos, que foi detido por policiais militares de São Paulo e arrastado depois de ter pés e mãos amarrados com corda nessa última terça-feira (06).
O vídeo que circula nas redes sociais, provocou profunda indignação da sociedade, que considera o caso um exemplo alarmante de como o racismo, a violência e a violação dos direitos humanos estão presentes no país.
“Esse jovem foi encontrado em situação de rua e é muito surreal ver como as pessoas acreditam que ele continua devendo ser tratado dessa forma. A gente está falando sobre racismo, a gente está falando sobre violência, sobre violação dos direitos humanos, mas acima de tudo a gente está sobre desumanizar as pessoas. Em razão da cor, em razão da classe, em razão de serem ou não usuárias de substâncias psicoativas”, salientou Laina.
Com total compromisso pelo combate a todas as formas de discriminação, incluindo o racismo estrutural e a violência contra pessoas em situação de rua, Laina ressaltou sua indignação com o caso, relacionando-o ao feriado de ‘Corpus Christi’, que visa sobretudo um dia de comunhão e paz.
“O debate da gente é, hoje que os cristãos dizem que é o corpo de Cristo, o que as pessoas tem feito de fato para garantir humanidade, direitos humanos, mas acima de tudo, acessos, humanidade pras pessoas. Esse vídeo mexeu muito comigo e me fez refletir sobre o quanto temos falhado miseravelmente quando não nos revoltamos com a injustiça”, disse ela.
ENTENDA O CASO
Um homem negro, de 32 anos, suspeito de furtar chocolates em um supermercado teve os pés e mãos amarrados com uma corda por policiais militares, na madrugada dessa última segunda-feira, 5, na Vila Mariana, em São Paulo.
Imagens do vídeo publicado em redes sociais mostram o homem gritando enquanto era carregado por dois policiais no interior de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Após as imagens causarem grande repercussão popular, a Polícia Militar afastou os envolvidos e um inquérito será instaurado para apurar a conduta dos agentes.