As exportações da Bahia tiveram uma queda significativa em agosto, registrando um valor de US$ 736,8 milhões, o que representa uma contração de 39% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Essa diminuição é atribuída a vários fatores, incluindo a base de comparação elevada de 2022, quando o estado alcançou um recorde histórico de US$ 14 bilhões em vendas externas.
A queda nas exportações é mais notável no setor de derivados de petróleo, que teve uma redução de 97,4% no mês passado e de 21,4% no ano. Os preços médios desse setor também caíram em 30,7% em comparação com o ano anterior. A demanda mundial também está menor devido à desaceleração econômica global e às políticas de aperto monetário adotadas por diversos países.
No geral, o volume de exportações da Bahia caiu 38,9% em agosto e 10,7% no acumulado do ano. Isso afetou setores como derivados de petróleo, complexo soja, celulose e produtos petroquímicos, que lideram a pauta de exportações em 2023.
As exportações agropecuárias tiveram uma queda de 22,8% em agosto, com destaque para a redução nas exportações de soja e derivados. Por outro lado, a indústria extrativa teve um aumento de 41%, impulsionada pelas vendas de ouro, minério de níquel e magnesita. No entanto, a indústria de transformação teve o pior desempenho, com uma queda de 63,5%, principalmente devido à diminuição nas vendas de derivados de petróleo, setor petroquímico e setor metalúrgico.
As exportações para a China, principal destino dos produtos baianos, caíram 29,5% em agosto, enquanto as vendas totais para a Ásia tiveram uma redução ainda maior, de 64%. Por outro lado, as exportações para a União Europeia aumentaram em 42,1%, devido ao incremento nas vendas de soja, minérios e frutas.
Quanto às importações, houve uma queda de 41,7% em agosto, totalizando US$ 630,3 milhões. Com isso, a balança comercial da Bahia registrou um superávit de US$ 808,4 milhões em 2023, contra um saldo maior de US$ 1,64 bilhão no mesmo período do ano anterior. As exportações totalizaram US$ 6,88 bilhões, com uma queda de 26%, e as importações atingiram US$ 6,07 bilhões, com uma redução de 20,7%. A corrente de comércio totalizou US$ 12,95 bilhões, com uma queda de 23,6%.