De acordo com um relatório divulgado pelo Departamento de Energia dos EUA, o país conduziu um teste químico subterrâneo no centro de testes de Nevada com o objetivo de aprimorar sua capacidade de detectar explosões nucleares de baixo rendimento em todo o mundo. Neste teste, foram usados produtos químicos de alta potência e radiotraçadores para validar novos modelos de previsão de explosões, o que poderia contribuir para a detecção de testes nucleares em outros países.
Corey Hinderstein, administrador adjunto da Administração Nacional de Segurança Nuclear (NNSA), enfatizou que esses experimentos apoiam os esforços dos Estados Unidos na não proliferação nuclear e ajudarão a reduzir as ameaças nucleares globais ao aprimorar a detecção de testes subterrâneos de explosivos nucleares.
Esses testes ocorreram logo após a Duma Estatal da Rússia aprovar uma lei que revoga a ratificação russa do Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares. O presidente da Duma, Viacheslav Volodin, criticou os Estados Unidos por não terem ratificado o tratado em 23 anos e destacou que a aprovação da lei beneficiaria a Rússia e o mundo em termos de estabilidade, segurança e justiça.
O Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares foi aprovado pela Assembleia Geral da ONU em 1996, mas nunca entrou em vigor devido à necessidade da participação de todos os países com capacidade nuclear. Enquanto a maioria dos países o assinou e ratificou, os EUA, China, Egito, Israel e Irã o assinaram, mas não o ratificaram, e algumas potências nucleares mais recentes não o assinaram.