No segundo turno das eleições presidenciais argentinas, ocorrido neste domingo às 18h (horário local), os candidatos Sergio Massa, pela Unión por la Patria (UxP), e Javier Milei, representando Freedom Advances (LLA), disputaram os votos de mais de 35 milhões de cidadãos convocados aos locais de votação desde as 8h do dia 19 de novembro.
Com uma participação que superou os 76% do recenseamento eleitoral, a Câmara Nacional Eleitoral (CNE) destacou a transparência do processo, apesar de incidentes isolados relatados, como roubos ou rasgos de boletins de voto. O secretário-geral da Presidência, Julio Vitobello, ressaltou a estabilidade democrática ao longo dos 40 anos e a importância dos controles cruzados para garantir a integridade das eleições.
Os resultados preliminares serão divulgados aproximadamente três horas após o encerramento dos centros de votação. Contudo, a contagem final, válida juridicamente para consagrar o vencedor, pode levar até 10 dias, especialmente se a diferença entre os candidatos for inferior a 400 mil votos, o que requer aguardar a contagem completa.
Antecipando uma eleição equilibrada, as previsões apontavam para um possível empate técnico, gerando incerteza no cenário político e econômico. Ao contrário das eleições gerais, no segundo turno, o vencedor não precisa atingir um percentual mínimo de votos, bastando obter a maioria.
O novo presidente, que exercerá o cargo durante o período 2023-2027, receberá a faixa presidencial no dia 10 de dezembro, marcando os 40 anos de recuperação da democracia na Argentina após o término da última ditadura militar (1976-1983). Nas eleições gerais, Massa saiu vitorioso com 36,78%, enquanto o candidato do LLA ficou em segundo lugar, mantendo a percentagem das primárias de agosto, onde foi o mais votado com 29,98%.