Recentemente, o Dique do Tororó, conhecido por abrigar árvores tropicais de grande porte e centenárias, tem sido alvo de polêmica e preocupação em Salvador. Denúncias de que essas árvores estariam sendo derrubadas como parte das intervenções para a implantação do BRT (Bus Rapid Transit) levantaram questionamentos sobre o impacto ambiental e cultural da medida.
Localizado em uma área que integra o Sistema de Áreas de Valor Ambiental e Cultural (SAVAM), o Dique do Tororó é considerado um Parque Urbano segundo a Lei do Ordenamento do Uso e Ocupação do Solo Urbano de Salvador (LOUOS). Isso significa que qualquer intervenção no local deveria ser avaliada com base em critérios específicos de preservação ambiental e cultural.
No entanto, a presença de estruturas de aço e o início da derrubada das árvores centenárias no local têm gerado indignação entre os moradores e ativistas ambientais. Questiona-se a necessidade de substituir as árvores por concreto, especialmente quando já existe uma faixa exclusiva para o BRT na região, como é o caso do corredor de ônibus preexistente na Avenida Vasco da Gama.
Diante desses acontecimentos, surgem questionamentos sobre os reais interesses por trás da derrubada das árvores e da expansão do BRT no local. Os defensores do meio ambiente e da preservação cultural clamam por uma avaliação mais criteriosa das intervenções e pela busca de alternativas que conciliem o desenvolvimento urbano com a preservação do patrimônio natural e histórico da cidade.