A cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris, realizada na última sexta-feira, gerou uma onda de controvérsia após a adaptação do icônico quadro “A Última Ceia” de Leonardo da Vinci, protagonizada por drag queens. O evento, que tinha como objetivo celebrar a moda e a cultura francesa, acabou sendo visto por muitos como uma falta de respeito à religião.
A encenação, que se destacou por apresentar drag queens em um desfile inspirado na célebre pintura, dividiu a opinião pública. Para alguns, a escolha foi uma forma inovadora de celebração da diversidade e da inclusão, com referências à moda francesa e à cultura contemporânea. No entanto, muitos internautas expressaram seu desagrado nas redes sociais, argumentando que a representação não teve o devido respeito ao contexto religioso e histórico da obra.
No perfil oficial dos Jogos Olímpicos Paris 2024, o momento foi descrito como uma grande celebração da discoteca francesa, com a presença de celebridades e DJs, como Barbara Butch, e a participação de artistas renomados do cenário drag. A descrição enfatizou o caráter festivo do evento, mas a reação negativa de alguns usuários nas redes sociais indicou uma forte discordância quanto à abordagem escolhida.
“A Última Ceia”, uma das obras mais conhecidas de Leonardo da Vinci, foi pintada entre 1495 e 1498 e está localizada na Igreja Santa Maria delle Grazie em Milão. A obra é estudada e admirada por suas complexas representações e simbolismos religiosos, o que torna a adaptação para um evento contemporâneo ainda mais sensível para muitos.
A polêmica gerada pelo evento ressalta a tensão entre inovação artística e respeito pelas tradições e símbolos religiosos, refletindo um debate mais amplo sobre a maneira como as figuras históricas e culturais são reinterpretadas no contexto moderno.