A escalada dos casos de dengue no Brasil tem deixado a população em alerta, especialmente os pacientes imunossuprimidos, como os em tratamento contra o câncer. Em Mato Grosso, mais de 4,1 mil casos prováveis da doença foram registrados até meados de fevereiro, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Em resposta a essa crescente ameaça, a Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso (SES-MT) elaborou um plano de controle para combater a dengue, destacando a importância do esforço conjunto para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.
Os sintomas da dengue incluem febre alta, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, podendo evoluir para quadros hemorrágicos mais graves. Para pacientes oncológicos, especialmente aqueles com tumores hematológicos, como leucemias e linfomas, essa evolução pode agravar seu estado clínico, alerta a oncologista clínica Cristina Guimarães Inocêncio. É crucial que esses pacientes busquem atendimento médico ao apresentarem sintomas da doença.
A vacina contra a dengue é contraindicada para pacientes oncológicos em tratamento com quimioterapia, conforme a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), devido ao risco de respostas imunológicas inadequadas. Além disso, a prevenção da dengue envolve medidas como remoção de criadouros de larvas, vedação de reservatórios de água e utilização de repelentes, preferencialmente com icaridina.
A médica destaca ainda a importância do uso diário de hidratante durante o tratamento oncológico para evitar irritações causadas pelo repelente. Adicionalmente, recomenda-se aplicar o repelente sobre o protetor solar para garantir uma proteção eficaz contra o mosquito Aedes aegypti.