O Fogueirão surge no ano de 1987, impulsionado pelo movimento do Samba Junino que ocorria nos bairros do Engenho Velho de Brotas, Engenho Velho de Federação, Liberdade, Nordeste de Amaralina no final dos anos 60, ganhando notoriedade nos anos 70 e 80, dando identidade musical a grupos de percussão e músicos que participavam das chamadas festas de Largo de Salvador que estavam aliadas as festas de calendários religiosos.
Muitos dos atuais dirigentes e fundadores dos Blocos Afro e Samba, tiveram relações diretas com o Samba Junino, antes do surgimento do 1a bloco Afro, atuando tocando os mais variados instrumentos de percussão disponíveis no período e até mesmo fundadores.
O Samba Junino é a mistura da música percussiva produzido na Bahia pelo povo preto, aliados as manifestações culturais juninas trazidas pelos colonizadores, que eram antes procissões, missas, danças e comemorações populares, novenas e trezenas religiosas que passam a ter nova identidade na Bahia se espalhando pelas unidades da federação brasileira.
Neste histórico de surgimentos, os jovens da Rua Onze de Agosto, criam o Fogueirão, inicialmente para que a localidade tivesse um grupo de Samba Junino e pudessem participarem dos concursos realizados nos bairros da periferia e realizassem as comemorações juninas na localidade.
Desde seu surgimento a jornada do Fogueirão o levou a ser um representante local e comunitário, e passa a realizar eventos calendarizados da cultura afro baiana, passando a ter personalidade jurídica em 2008, para garantia do legado da ancestralidade africana, por meio do Samba Junino.
No campo do entretenimento o grupo possui uma discografia “SAMBA FOGUEIRÃO” e é um dos grupos que mais possuem composições gravadas por artistas que se tornaram sucessos nas cozes do E o Tchan, terra Samba, raça Pura, Parangolé e outros.
No carnaval está posicionado como bloco desde o ano de 2008, embora já vinham particionado no carnaval como atração “Banda Fogueirão”
Desde sua criação, mantem-se participando das festas livres de Salvador “Lavagem do Bomfim, Itapuã, 2 de fevereiro, mantendo o vínculo religioso que estas manifestações possuem com o povo de Santo uma vez que os dirigentes da instituição, possuem cargos em terreiros de Candomblé. Durante o ano o grupo musical se apresenta em eventos e realiza shows em Salvador e RMS, além dos ensaios do bloco para o carnaval.
Desde o ano de 2012 a instituição, passou a realizar oficinas de música e percussão, criação de instrumento, para os jovens da comunidade, como forma de garantia da manutenção e preservação do Samba Junino, tombado pelo Município como patrimônio imaterial da cidade do Salvador.
O Fogueirão é samba, atua no campo junino, na principal atividade de entretenimento da cidade, insere sua comunidade no celeiro cultural do estado, contribuem com o fortalecimento da identidade musical do estado, produzindo singles que se tornam sucessos nas vozes de cantores baianos e brasileiros.