Em um anúncio recente, o Ministro das Relações Exteriores do Equador, Gustavo Manrique, confirmou que tropas dos Estados Unidos realizarão operações “de curta duração” em seu país, como parte de um acordo destinado a combater e interceptar a atividade marítima transnacional ilícita na região. Essa decisão gerou um debate no Equador e além de suas fronteiras, especialmente devido às semelhanças com o controverso Plano Colômbia.
O Presidente do Equador, Guillermo Lasso, expressou seu desejo de estabelecer uma parceria próxima ao que foi o Plano Colômbia, uma estratégia de segurança antidrogas que envolveu Colômbia e Estados Unidos por duas décadas. No entanto, o Plano Colômbia foi criticado por não conseguir deter a produção e o tráfico de drogas na região.
O acordo em questão foi assinado entre representantes dos departamentos de Estado e de Defesa dos Estados Unidos, a Guarda Costeira e o Ministro das Relações Exteriores equatoriano, Gustavo Manrique, juntamente com o embaixador dos Estados Unidos em Quito, Michael Fitzpatrick. Este acordo bilateral de cooperação na aplicação da lei marítima tem como objetivo “identificar, combater, prevenir e interceptar a atividade marítima transnacional ilícita”.
Manrique esclareceu que as tropas dos Estados Unidos não se instalarão permanentemente no Equador, mas realizarão operações de curta duração. Além disso, para garantir a soberania, as autoridades equatorianas estarão presentes nos navios dos Estados Unidos e tomarão decisões cruciais nas operações conjuntas.
O Ministro das Relações Exteriores equatoriano afirmou que as operações se concentrarão exclusivamente na luta contra o tráfico de drogas, a pesca ilegal e o tráfico de pessoas. Ele também explicou que o acordo fornece um quadro jurídico para a presença das tropas dos Estados Unidos em território equatoriano.
O próximo passo será a revisão do acordo pela Corte Constitucional do Equador, que determinará se pode entrar em vigor por meio de um decreto emitido pelo Executivo ou se deve aguardar a posse da nova Assembleia Nacional em novembro próximo. Esse desenvolvimento marca um importante passo na cooperação entre o Equador e os Estados Unidos em questões de segurança marítima e combate às atividades ilícitas no mar.
Fonte da notícia: rt.es