O governo federal decidiu ampliar a medida de retirar o X (antigo Twitter) das verbas publicitárias, agora estendendo-a para todos os ministérios e órgãos federais. A Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) havia inicialmente excluído o X de seus planos de mídia, mas a decisão foi estendida após aval do presidente Lula e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, ambos alvos de ataques por parte do bilionário Elon Musk.
Agora, os novos planos de mídia de todos os ministérios e órgãos federais não contemplarão mais o X como canal de veiculação publicitária, incluindo também empresas de economia mista como Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Petrobras.
A decisão foi influenciada pela campanha #DesmonetizaTwitter, promovida pela organização de ativismo digital Sleeping Giants Brasil, que pressionou o governo federal a interromper campanhas publicitárias no X. O advogado Humberto Ribeiro, diretor jurídico e de pesquisas do Sleeping Giants Brasil, destacou que a Instrução Normativa 4 permite ao governo federal remover veículos e canais que descumpram preceitos fundamentais, sendo uma resposta ética do Estado Brasileiro a uma empresa estrangeira que desafia as instituições brasileiras.
Essa decisão ocorre após uma série de ataques feitos por Elon Musk ao ministro Alexandre de Moraes e à Justiça brasileira, onde ele prometeu levantar “todas as restrições” impostas pelo judiciário e ameaçou fechar o escritório da companhia no Brasil.