Em uma tentativa de conter o aumento da migração ilegal, o governo do Reino Unido está explorando a possibilidade de colocar pulseras eletrônicas em pessoas que entram no país sem documentos e não podem ser acomodadas temporariamente. A Ministra do Interior, Suella Braverman, afirmou que todas as opções estão sendo consideradas para exercer algum controle sobre os requerentes de asilo que chegam de forma irregular pelo Canal da Mancha em pequenas embarcações.
Essa abordagem se insere dentro da nova legislação chamada de “Lei de Migração Ilegal”, que concede poderes para deter indivíduos que chegam ao país de forma ilegal e encaminhá-los rapidamente para países seguros, como Ruanda, com quem o Reino Unido tem um acordo. No entanto, essa política foi criticada pelo Tribunal Europeu de Direitos Humanos (TEDH), que a considerou ilegal.
Diante das críticas, Braverman rejeitou as observações do TEDH, rotulando o tribunal com sede em Estrasburgo como “politizado” e “intervencionista”. Ela afirmou que o governo não está considerando abandonar o TEDH e que está trabalhando para implementar seu plano conforme planejado.
A escalada da migração ilegal para o Reino Unido atingiu proporções sem precedentes, com mais de 175.000 pessoas aguardando decisões sobre seu status de refugiado até junho, representando um aumento de 44% em relação a 2022. Diante desse cenário, Braverman observou que será necessário expandir a capacidade de detenção do país.
O governo britânico busca encontrar soluções para lidar com a crescente pressão da migração ilegal, mas as medidas propostas geraram críticas e controvérsias, tanto no cenário nacional quanto internacional. O debate sobre a balancear a segurança das fronteiras com as preocupações humanitárias continua a ser um desafio complexo.