De acordo com o advogado que emitiu a sentença, as palavras do atual presidente brasileiro foram tiradas de contexto, apontando que ele estaria disposto a comer carne humana a qualquer momento.
Um juiz do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do Brasil ordenou que Luiz Inácio Lula da Silva pare de transmitir um anúncio de campanha associando Jair Bolsonaro ao canibalismo, três semanas antes do segundo turno das eleições presidenciais .
Em sua sentença, o juiz Paulo de Tarso Sanseverino considerou que esse spot veiculado pela equipe de campanha do ex-presidente Lula da Silva incluía um trecho de um vídeo “retirado do contexto”. Nesse vídeo de 2016, o atual presidente brasileiro, que era deputado na época, afirmou em entrevista ao The New York Times que poderia comer carne humana.
No polêmico vídeo, Bolsonaro descreveu o que apresentou como um ritual da comunidade indígena Yanomami, no estado de Roraima (norte). “Cozinha por dois ou três dias e eles comem com banana. Eu queria ver o índio sendo cozido. Lá me dizem: ‘se você vê, tem que comer’. Eu como!”, acrescentou Bolsonaro. esse vídeo que foi divulgado viralizou nas redes sociais do Brasil.
“Na forma como essas palavras da entrevista foram tiradas, o sentido original da mensagem foi alterado, sugerindo que o candidato poderia admitir a possibilidade de consumir carne humana em qualquer circunstância”, ressaltou o juiz do TSE.
O candidato do PT havia defendido o uso desse trecho da entrevista na campanha, ressaltando que: “não inventamos nada, não é a campanha de Lula que diz, é ele que diz a um jornalista americano. Não, é maldade da nossa parte, estamos apenas dando informações às pessoas sobre o nosso adversário”, respondeu o ex-presidente (2003-2010).
A tensão na campanha para o segundo turno , que será em 30 de outubro, aumentou vários degraus nos últimos dias. Enquanto a última pesquisa do Instituto Datafolha, publicada na sexta-feira, dá a Lula o vencedor com 53% dos votos, ante 47% de Bolsonaro.
Fonte da noticia . mn (afp, efe)