O Lula participou de um fórum empresarial em Portugal nesta segunda-feira, como parte de sua primeira visita oficial à Europa.
O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, garantiu esta segunda-feira num fórum empresarial na cidade de Matosinhos, em Portugal, que o gigante latino-americano não vai vender empresas públicas durante o seu mandato.
“No Brasil não vamos vender empresas públicas, vamos dialogar com empresários para construir coisas novas”, disse Lula em um discurso com constantes comparações com o governo anterior de Jair Bolsonaro.
O presidente lembrou que durante o governo da extrema-direita foi privatizada a estatal Eletrobras, maior empresa de energia elétrica da América Latina e uma das mais importantes do país, e assim que foi vendida “os salários de gerentes foram aumentados.”
“Uma demonstração da loucura naqueles anos de obscurantismo”, disse ele.
Um dos planos de Bolsonaro era implementar um ambicioso plano de privatizações sob as orientações do ex-ministro da Economia Paulo Guedes, um ultraliberal defensor da austeridade fiscal que, devido à investida da pandemia de covid-19, não conseguiu dar continuidade ao projeto de privatizações.
Mercosul e a UE
O presidente também falou em “estabelecer colaborações com o mundo inteiro”. “O Brasil está pronto para voltar a ser um grande país. E vamos construir relações de colaboração, não queremos relações hegemônicas com ninguém “, disse Lula, que destacou a importância da colaboração entre seu país e Portugal.
Por seu lado, o primeiro-ministro português, o socialista António Costa, lembrou que o acordo entre a União Europeia (UE) e o Mercado Comum do Sul (Mercosul) é “absolutamente estratégico”.
“O Brasil pode sempre contar com Portugal como ponta de lança para trabalhar na conclusão, o mais rápido possível, do acordo UE-Mercosul”, afirmou.
Ambos os países assinaram 14 acordos de cooperação econômica e promoção de pequenas e médias empresas.
Em sua primeira viagem oficial à Europa, Lula chegou a Portugal na sexta-feira e planeja seguir para a Espanha na terça-feira, onde se encontrará com o rei Felipe VI e também será recebido pelo primeiro-ministro, Pedro Sánchez.
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