Em uma medida para controlar a posse e o uso de armas no Brasil, o presidente Lula da Silva emitiu um decreto que busca fechar os clubes privados de tiro no país. O mandatário destacou que apenas as organizações policiais devem ter locais para a prática de tiro e enfatizou que a política de liberalização da compra de armas implementada por seu antecessor, Jair Bolsonaro, favoreceu apenas o crime organizado e pessoas abastadas.
Lula expressou que apenas os clubes de tiro pertencentes à Polícia Militar, ao Exército ou à Polícia Civil serão autorizados a permanecer abertos. Ele argumentou que a sociedade brasileira não deve se preparar para uma revolução, mas sim viver de forma civilizada, participando de construções positivas e buscando acesso à cultura e à educação, em vez de focar no uso de armas.
O decreto assinado pelo presidente também estabelece novas limitações para os civis em relação ao acesso a armas e munições. A quantidade de armas para fins de defesa pessoal é reduzida, sendo exigida a demonstração de efetiva necessidade para adquiri-las, e há um limite para a quantidade de armas permitidas para CACs (caçadores, atiradores desportivos e colecionadores). Além disso, o horário de funcionamento dos clubes de tiro é restringido, sendo necessário operarem a certa distância das escolas.
Com essa nova regulamentação, o controle de armas e estabelecimentos relacionados passará da responsabilidade do Exército para a Polícia Federal. O presidente Lula busca, assim, reduzir a violência no país e promover uma abordagem mais responsável e restrita em relação ao acesso a armas e munições.