O Ministro da Defesa da Alemanha, Boris Pistorius, realizou uma visita surpresa a Kiev nesta terça-feira, reiterando o compromisso de Berlim em apoiar a Ucrânia em sua resistência contra a invasão russa. Como o segundo maior fornecedor de ajuda militar ao país, a Alemanha busca tranquilizar diante dos receios de que a situação no Oriente Médio possa afetar o suporte a Kiev.
“Estou aqui novamente para prometer apoio adicional e expressar nossa solidariedade e admiração pela luta corajosa que ocorre neste lugar”, declarou Pistorius ao depositar flores na Praça Maidan, no centro de Kiev. Esta é sua segunda visita à capital ucraniana este ano, seguindo a viagem do secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, que também renovou o apoio à Ucrânia.
Pistorius terá reuniões com autoridades ucranianas e planeja visitar um centro de treinamento militar. Apesar de dúvidas iniciais, a Alemanha intensificou seu apoio, fornecendo desde tanques pesados a sistemas de defesa aérea. O governo de Olaf Scholz aumentou os gastos militares, anunciando um orçamento de 100 bilhões de euros para modernizar suas Forças Armadas.
A Alemanha, além de apoiar a Ucrânia, expressou firme apoio a Israel em sua guerra contra o movimento islamista palestino Hamas desde o início do conflito na Faixa de Gaza. Scholz afirmou que a Alemanha continuará auxiliando Kiev “pelo tempo necessário”.
No front ucraniano, um hospital, um edifício da indústria de mineração e outras infraestruturas civis foram atingidos por um ataque de drones e mísseis russos no leste da Ucrânia, conforme relatado pelo Exército nesta terça-feira. A extensão dos danos e se houve vítimas no hospital ainda não foram divulgados.