O Papa Francisco faleceu nesta segunda-feira, aos 88 anos, na Casa Santa Marta, sua residência oficial no Vaticano. A informação foi confirmada pelo porta-voz da Santa Sé no início da manhã (horário local). A causa da morte foi uma pneumonia bilateral, agravada por um quadro clínico que o manteve hospitalizado por 38 dias no Hospital Gemelli, em Roma.
Jorge Mario Bergoglio, natural de Buenos Aires, Argentina, foi o 266º papa da Igreja Católica e o primeiro sul-americano e jesuíta a ocupar o cargo. Ele foi eleito em 13 de março de 2013, sucedendo Bento XVI, que havia renunciado — um gesto inédito em quase seis séculos.
Durante os 12 anos de pontificado, Francisco se destacou por seu perfil progressista, pela defesa dos pobres, pelo combate à corrupção interna na Igreja e por abrir caminhos de diálogo sobre temas sensíveis como a comunidade LGBTQIA+, o papel das mulheres na Igreja e os escândalos de abuso sexual clerical.
O funeral do pontífice será realizado na Basílica de Santa Maria Maior, conforme desejo pessoal manifestado ainda em vida. Com a morte do papa, tem início oficialmente o período conhecido como sede vacante, até a realização do conclave que elegerá o próximo líder da Igreja Católica.
A morte de Francisco gerou comoção mundial. Diversos líderes políticos e religiosos emitiram notas de pesar. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) destacou o legado pastoral e humanitário do pontífice, especialmente em defesa da dignidade humana e da justiça social.