Nesta terça-feira (11), a Polícia Federal (PF) concluiu que o advogado de Adélio Bispo, responsável pela tentativa de homicídio do então candidato Jair Bolsonaro em setembro de 2018, tinha vínculos com o Primeiro Comando da Capital (PCC), maior facção criminosa do Brasil. O advogado foi alvo de busca e apreensão na última fase da operação.
Apesar de confirmarem a relação do advogado com o crime organizado, as investigações da PF determinaram que Adélio Bispo agiu sozinho no ataque a Bolsonaro, sem conexão com o PCC. A informação foi divulgada pelo diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, durante um encontro com jornalistas em Brasília nesta manhã.
“Recebemos uma denúncia sobre a possível ligação da facção com o advogado e o crime, e fomos investigar. A conclusão foi que não há relação,” declarou Rodrigues. Ele acrescentou que, apesar da comprovação do vínculo do advogado com o crime organizado, não foi encontrada nenhuma conexão com a tentativa de homicídio do ex-presidente. Com isso, a PF sugeriu o arquivamento da investigação sobre o atentado ao Poder Judiciário.
Na operação de hoje, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão nos municípios mineiros de Pará de Minas, Lagoa Santa e São José da Lapa. Além disso, foram lacrados e suspensas as atividades de 24 estabelecimentos comerciais, e decretada a indisponibilidade de bens de 31 pessoas físicas e jurídicas, totalizando R$ 260 milhões.
A PF considera o caso encerrado após a análise e aprofundamento das investigações.