O presidente da Rússia, Vladimir Putin, garantiu esta quarta-feira aos líderes do G-20 que é necessário pensar em como travar “a tragédia” da guerra na Ucrânia e garantiu que Moscovo nunca se recusou a participar nas conversações de paz com Kiev.
Dirigindo-se aos líderes das 20 maiores economias do mundo pela primeira vez desde a invasão russa, Putin disse que alguns deles disseram nos seus discursos que estavam chocados com a “agressão” russa. “Sim, claro, as ações militares são sempre uma tragédia”, disse ele numa reunião virtual do G20 convocada pelo primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, seu atual presidente, segundo a Reuters. “E é claro”, continuou ele, “devemos pensar em como parar esta tragédia”, relata a Reuters.
Uma das declarações menos beligerantes
A declaração, embora claramente dirigida ao consumo internacional, é uma das mais conciliatórias dos últimos meses e contrasta com as suas diatribes, por vezes longas, sobre os erros e a arrogância dos Estados Unidos.
Os combates na Ucrânia desde 2022 causaram centenas de milhares de mortos e feridos, deslocaram milhões de pessoas e devastaram as regiões leste e sul do país.
Putin usou a palavra “guerra” em vez de “operação militar especial”, um termo mais comum na linguagem do Kremlin.
Entendo que esta guerra e a morte de pessoas só podem chocar”, disse Putin, antes de defender que a Ucrânia tem perseguido pessoas no leste do país.