A Secretaria Municipal da Saúde de Salvador, por meio do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), oferece vacina antirrábica para animais, das 08h às 14h, em 120 postos espalhados pela cidade.
O último caso de raiva humana em Salvador foi registrado em 2004. Porém, o estado de Minas Gerais que faz fronteira com a Bahia registrou este ano 04 mortes relacionadas à doença (os últimos registros da doença no Estado antes dos novos casos tinham sido há 10 anos). A vacinação é a principal medida de prevenção da raiva, que é uma zoonose com 100% de letalidade. A doença pode ser transmitida através da mordedura, lambedura e arranhadura dos animais infectados para os seres humanos.
“Estamos intensificando a vacinação de cães e gatos para mantê-los protegidos contra a raiva. Esse ano, identificamos a circulação de raiva silvestre em morcegos e, por esse motivo, é importante garantir a imunização dos animais de estimação, já que essa é uma zoonose imunoprevinível e letal. Dessa forma contribuímos também para inibição da circulação do vírus”, explicou Danielle Dantas, veterinária do CCZ.
Neste ano de 2022, a vacinação fronteiriça (cidades que fazem fronteira com Salvador) foi desenvolvida no mês de maio imunizando cerca de 4.400 animais, entre cães e gatos. Uma mega mobilização está programada para os meses de agosto e setembro.
Raiva silvestre
Em paralelo à oferta da vacina, veterinários do CCZ também estão realizando ações de vigilância em toda cidade com a captura de morcegos com suspeita da zoonose. Os exames laboratoriais realizados até o momento detectaram a presença do vírus da raiva em dois morcegos entre outubro de 2021 e março de 2022, fato que pode expor seres humanos e outros animais ao risco de infecção, caso haja contato com os mesmos.
“A simples presença dos morcegos não representa risco à saúde, já que esses animais não costumam atacar pessoas. No entanto, há risco se manipulados diretamente porque a transmissão do vírus ocorre com a saliva do animal”, destacou Danielle Dantas, veterinária do CCZ. Ela ressalta ainda que os morcegos são animais silvestres protegidos por lei e importantes para o equilíbrio ecológico, por isso não podem ser eliminados ou presos sem a autorização de órgãos ambientais. “Sempre que encontrar um morcego em local e horário não habitual, apresentando dificuldade para voar ou morto, o cidadão deve entrar em contato imediatamente com o CCZ pelos telefones 3611-7331 ou 156. Os animais devem ser mantidos isolados até a chegada dos profissionais do órgão”, informou.
As pessoas que tiverem contato com qualquer animal suspeito de raiva devem lavar imediatamente o local com água e sabão e procurar o serviço de saúde.