Os trabalhadores que foram encontrados em situação de trabalho análoga a escravidão em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, começaram, na noite de sexta, 24, a retornar para casa. Após receber as verbas rescisórias, eles foram enviados de volta para o estado de origem em quatro ônibus fretados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). A maioria são de municípios da Bahia. As informações são do site Metropoles.
Ao todo, foram resgatados na quarta-feira, 22, 207 trabalhadores, com idades entre 18 e 57 anos. Segundo as informações, eles foram achados em condições degradantes, trabalhando para uma empresa de colheita de uva. Na sexta, 194 retornaram para a Bahia, sendo que 12 permaneceram no RS.
Após o resgate, as pessoas relataram as situações que passavam, como atraso de pagamentos dos salários, violência física, má alimentação, longas jornadas de trabalho, entre outros. Além disso, eles ainda teriam sido coagidos a permanecer no local para não pagar multa.
Ainda conforme a publicação, houve uma negociação com o proprietário da empresa contratante, um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) Emergencial garantindo que cada trabalhador recebesse R$ 500 para fazer a viagem, como forma de adiantar o pagamento das verbas rescisórias aos resgatados. O valor total deve ser quitado até terça, 28. O responsável pela empresa, um homem de 45 anos, que também é baiano, da cidade de Valente, foi preso.