Durante a campanha, tanto o presidente Jair Bolsonaro quanto seu rival Luiz Inácio Lula da Silva fizeram discursos cada vez mais inflamados. Ambos fazem isso por uma razão, diz Tobias Käufer.
O candidato presidencial Luiz Inácio Lula da Silva , do Partido dos Trabalhadores (PT), de esquerda, acredita que as próximas eleições do Brasil serão uma votação sobre a própria independência do país. Perder as eleições, em sua opinião, colocaria um fim à democracia brasileira. Esta é uma compreensão curiosa do que são eleições livres. Uma não muito diferente da do presidente populista de direita Jair Bolsonaro , que afirma que o Brasil está enfrentando uma eleição fraudada, uma acusação para a qual ele não apresentou provas.
Há alguns dias, o jornal Estadão escreveu que Lula estava insultando qualquer um que não votasse nele, tratando-os como “inimigos”. Lula, que governou o país entre 2003 e 2011, escolheu deliberadamente essa retórica agressiva de campanha, optando por uma abordagem semelhante à do presidente divisivo Bolsonaro. Assim, classificá-los como figuras populistas de esquerda e de direita, respectivamente, faz sentido, embora os partidários de Lula discordem. Nenhum dos lados quer ser rotulado de populista.
(rr/dzc) dw